Mulheres que estão esperando um filho e são diagnosticadas com câncer vivem uma situação muito difícil e a angústia pode ser ainda maior se o tumor está localizado justamente no órgão responsável por abrigar o bebê. Mas, ainda que o câncer de colo do útero seja o tumor ginecológico mais comum durante a gravidez, essa é uma circunstância rara. E, para esses casos, existem, sim, opções de tratamento para a mãe e para o bebê.
O tipo de tratamento dependerá de vários fatores, por exemplo: o tipo de câncer de colo do útero que você tem, qual é o tamanho dele, o quanto se espalhou, quantas semanas de gravidez você tem e quais são suas vontades. Para tomar uma decisão, você precisará conversar com seu médico sobre os riscos e benefícios de cada uma de suas opções. É importante que você peça informações detalhadas e esclareça todas as suas dúvidas.
Tratamento para o câncer de colo do útero durante a gravidez
A quimioterapia não é comumente utilizada durante os três primeiros meses de gestação, pois pode prejudicar o feto que ainda está em formação. Por isso, se você descobriu o câncer de colo do útero no primeiro trimestre de gravidez, o médico pode sugerir que você adie o tratamento.
Mas, dependendo do tamanho e da velocidade de crescimento do tumor, pode ser que seja necessário começar o tratamento imediatamente. Nesse caso, geralmente são indicadas as seguintes opções:
- Conização – procedimento que remove tecido doente do colo do útero;
- Traquelectomia radical – procedimento que remove a maior parte do colo do útero e da parte superior da vagina.
Já no segundo ou no terceiro trimestre de gravidez, a quimioterapia pode ser realizada com segurança com o objetivo de diminuir o tamanho do tumor. Em alguns casos, o médico pode recomendar que o parto seja adiantado para diminuir os riscos para mãe e filho.
Como é feito o diagnóstico de câncer de colo do útero durante a gravidez
O exame que ajuda a detectar o câncer de colo do útero durante a gravidez é o mesmo que auxilia no diagnóstico de não gestantes: o Papanicolau. Ele não traz nenhum risco para o bebê e deve fazer parte do seu cuidado pré-natal. Se necessário, o médico pode pedir exames adicionais.
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Referências
- https://www.cancer.gov/types/cervical/patient/cervical-treatment-pdq#section/_296
- http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_utero/tratamento1
- http://about-cancer.cancerresearchuk.org/about-cancer/cervical-cancer/treatment/pregnancy
- http://americanpregnancy.org/womens-health/cervical-cancer/