O uso dos imunoterápicos em casos de cânceres ginecológicos, como o câncer de colo do útero, vem sendo comemorado pelos oncologistas. A utilização desses medicamentos cumpre um importante papel durante a luta contra o câncer, uma vez que, geralmente, os tumores são descobertos em estágio avançado e, por isso, representam um desafio médico e justificam a busca por novas formas de tratamento.
A indicação dessa classe de medicações para o tratamento do câncer foi considerada o maior avanço contra a doença em 2016, segundo a Sociedade Americana de Oncologia.
Qual é o diferencial da imunoterapia?
A imunoterapia segue o caminho inverso dos tratamentos mais convencionais de câncer, como a quimioterapia e a radioterapia. Enquanto as técnicas convencionais buscam agredir o tumor, evitar sua proliferação e destruí-lo, a imunoterapia tem como foco fortalecer o sistema imunológico do paciente e melhorar sua resposta no combate às células cancerosas.
Como funciona?
O método terapêutico consiste na administração, por via oral ou injetável, de medicamentos que dão mais ferramentas para que o sistema combata os tumores. Existem vários tipos de imunoterápicos, mas são dois grandes atores no cenário atual: a Interleucina-2 em dose alta e a mais nova grande classe de imunoterápicos, os inibidores de “checkpoints”.
A primeira funciona de forma mais tradicional, reforçando a defesa do corpo com mais “soldados” para um ataca mais eficiente às células cancerosas. Já a última é representada por drogas que inibem os pontos do sistema imune desenhados para esfriá-lo, chamados de “checkpoints”, uma vez que o tumor usa dessa limitação para escapar do sistema imune
Terapias aprovadas no Brasil
Embora a escala de utilização desses medicamentos seja maior em no exterior e estudos apontem para um número ainda maior de tipos de cânceres que podem ser combatidos por eles, no Brasil a utilização ainda é limitada, geralmente a tipos específicos. Veja, abaixo, a pequena lista das doenças que contam com tratamento imunoterápico já aprovado no Brasil:
- Câncer de pulmão (Não pequenas células)
- Câncer de pele (Melanoma)
- Câncer de rim (Células claras)
Referências
- Bourla AB, Zamarin D. Immunotherapy: New Strategies for the Treatment of Gynecologic Malignancies. 2016.
- Imunoterapia é alternativa para câncer de colo do útero e de vulva. Instituto Vencer o Câncer [Internet]. 8 jun 2017 [acessado em: 23 out 2017].
- Imunoterapia muda o tratamento do câncer fazendo o próprio organismo combater o tumor. Instituto Oncoguia [Internet]. 25 jul 2017 [acessado em: 23 out 2017].
- Oncologistas apontam estudos clínicos promissores em câncer ginecológico. Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica [Internet]. 11 maio 2017 [acessado em: 23 out 2017].