Os HPVs – sigla em Inglês para papilomavírus humano – são vírus que têm a capacidade de infectar a pele ou as mucosas, principalmente as mucosas oral, genital e anal. São diversos os subtipos de HPV existentes, e, ao menos, 13 deles podem evoluir para o câncer. Como a principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, os métodos mais eficazes de prevenção contra o vírus são o uso de preservativo nas relações sexuais e a vacinação.
Quem pode ser vacinado?
Em 2014, o Ministério da Saúde deu início à implementação da vacina gratuita contra o HPV no Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina passou a ser oferecida, inicialmente, a meninas de 9 a 13 anos. Este ano, 2017, meninas de 14 foram incluídas na imunização. Pessoas entre 9 e 26 anos que vivem com HIV/AIDS também podem ser vacinadas contra o HPV.
Apenas meninas podem tomar a vacina?
Na verdade, a ampliação do esquema vacinal do SUS permitiu que a administração das vacinas fosse estendida também para meninos de 11 a 14 anos.
Por que vacinar tão cedo?
A faixa etária é recomendação do Ministério da Saúde por causa da alta produção de anticorpos e a baixa exposição ao vírus por meio de relações sexuais. Esses fatores proporcionam um melhor resultado para a vacina.
Quais cânceres podem ser prevenidos?
Nas meninas, o principal foco é proteger contra os cânceres de colo do útero, vulva, vaginal e anal, além de lesões pré-cancerosas, verrugas genitais e infecção causadas pelo vírus. Já para os meninos, a imunização protege de cânceres de pênis, garganta e ânus.
Existe alguma contraindicação?
A vacina é contraindicada para gestantes, indivíduos com doenças agudas ou que apresentem hipersensibilidade aos componentes de imunobiológicos. É importante lembrar, também, que é necessário receber as duas doses da vacina, com intervalo de seis meses entre elas.
Ampliação temporária
Como a procura pela vacina foi menor do que o esperado em alguns municípios brasileiros, nos locais onde existem vacinas em estoque, com prazo de validade até março de 2018, será permitido aplicar as doses em homens e mulheres entre 15 e 26 anos. A medida tem caráter temporário e busca evitar o desperdício da vacina, abrangendo somente os municípios que ainda têm estoques a vencer. Após o fim desses estoques, a vacina voltará a ser indicada apenas para o público-alvo original.
Essa oferta temporária também muda o esquema de vacinação para o grupo de pessoas entre 15 e 26 anos. Nesses casos, a orientação do Ministério da Saúde é que a vacinação seja aplicada em três doses, com intervalo de zero, dois e seis meses.