Os seios das mulheres passam por diversas mudanças ao longo da vida. As alterações dos hormônios durante a gravidez, menstruação ou menopausa são responsáveis por essas mudanças e também podem formar alguns nódulos, o que preocupa muitas mulheres. Essas alterações na mama, no entanto, nem sempre são motivo para pânico, já que esses nódulos nem sempre são sinal de câncer. Mas é muito importante fazer exames e observar a evolução dessas alterações com um médico.
Mastalgia (dor mamária) – além da dor, causa espessamento do tecido mamário. Quase sempre o quadro piora no período pré-menstrual. Acontece pelo estímulo repetido do hormônio estrogênio produzido nos ovários em mulheres que não engravidaram ou engravidaram até três vezes e amamentaram por períodos curtos. Não é preciso se preocupar, essa dor não está associada ao câncer e não aumenta as chances da mulher o desenvolver no futuro.
Fibroadenoma – é uma lesão benigna, com formato de nódulo, que se origina nos lóbulos mamários. É duro, móvel, liso e incolor e pode ser identificado no exame de ultrassom. Não é preciso retirá-lo, mas deve ser acompanhado após ser confirmado que é benigno.
Cistos – são nódulos inflamatórios que contém líquido em seu interior. Não apresentam sintomas e são descobertos pelo toque, ultrassonografia ou pela mamografia. Podem ser de dois tipos:
- Simples – não palpáveis, merecem acompanhamento. Eles podem evoluir para um câncer de mama;
- Complexos – são palpáveis e devem ser tratados com punção esvaziadora. Alguns deles estão associados com lesões pré-cancerosas e, por isso, devem ser retirados cirurgicamente.
Fluxo papilar – é a saída de líquido pelos mamilos não relacionada com a produção de leite. Quando o derrame ocorrer com a pressão manual e for nos dois seios, não há motivo para preocupação, porque está associado com lesões benignas. Se o derrame acontecer espontaneamente em apenas um dos seios, pode estar associado ao câncer ou com lesões pré-cancerosas.
Exames ajudam a detalhar alterações na mama
Caso haja o diagnóstico de câncer, a mamografia ou a ressonância magnética permitem detalhar:
- Características do tumor;
- Presença de múltiplos focos;
- Extensão regional da doença ou bilateralidade.
Com isso, é possível programar o tratamento pelo mastologista, oncologista, radioterapeuta e o apoio indispensável da equipe de psicologia.